terça-feira, 30 de março de 2010
Praça Coronel Pedro Osório - Parte II
Hoje retomarei o tema Praça Coronel Pedro Osório, para falar sobre o rico e impressionante conjunto arquitetônico localizado em seu entorno.
Passando um olhar abrangente ao redor da praça, encontramos construções originais, que a permanência transcorre o tempo, cada qual com seu valor histórico, as quais retratam uma sociedade de forte tradição cultural.
O patrimônio pertencente a “alta sociedade”, construído em uma época acentuada pela riqueza advinda das charqueadas. Até hoje encanta os moradores, a viajantes que passam por aquela área da cidade. Na metade do século XIX, as moradias começaram a abandonar a arquitetura colonial, adotando uma arquitetura moderna com linhas e traços marcantes de renomados arquitetos europeus.
Os homens de outros tempos eram de acentuada vaidade, usavam preciosos e luxuosos tecidos, arranjos de pregas, muitos bordados. E os vestuários suntuosos eram usados até mesmo no dia-dia. Através de seus trajes e do refinamento, gostavam de se sentir, o mais parecido possível com o homem europeu.
Não era apenas de ostentação e opulência que vivia o homem rico da cidade, praticavam a caridade, por isso eram agraciados com títulos de nobreza em reconhecimento as suas ações benevolentes. Eram influentes, dignos de honra e veneração pela população. Instituições como a Santa Casa de Misericórdia, a Beneficência Portuguesa e o Asylo de Orphãs Nossa Senhora da Conceição eram mantidos por eles.
Com a proposta de manter viva a história e o patrimônio, tem se preservado os prédios históricos, alguns por parte de investidores privados outros com recursos do governo, através do Programa Monumenta.
Convido vocês a conhecerem esses prédios que integram o conjunto arquitetônico do conhecido Centro Histórico da Princesa do Sul:
Passando um olhar abrangente ao redor da praça, encontramos construções originais, que a permanência transcorre o tempo, cada qual com seu valor histórico, as quais retratam uma sociedade de forte tradição cultural.
O patrimônio pertencente a “alta sociedade”, construído em uma época acentuada pela riqueza advinda das charqueadas. Até hoje encanta os moradores, a viajantes que passam por aquela área da cidade. Na metade do século XIX, as moradias começaram a abandonar a arquitetura colonial, adotando uma arquitetura moderna com linhas e traços marcantes de renomados arquitetos europeus.
Os homens de outros tempos eram de acentuada vaidade, usavam preciosos e luxuosos tecidos, arranjos de pregas, muitos bordados. E os vestuários suntuosos eram usados até mesmo no dia-dia. Através de seus trajes e do refinamento, gostavam de se sentir, o mais parecido possível com o homem europeu.
Não era apenas de ostentação e opulência que vivia o homem rico da cidade, praticavam a caridade, por isso eram agraciados com títulos de nobreza em reconhecimento as suas ações benevolentes. Eram influentes, dignos de honra e veneração pela população. Instituições como a Santa Casa de Misericórdia, a Beneficência Portuguesa e o Asylo de Orphãs Nossa Senhora da Conceição eram mantidos por eles.
Com a proposta de manter viva a história e o patrimônio, tem se preservado os prédios históricos, alguns por parte de investidores privados outros com recursos do governo, através do Programa Monumenta.
Convido vocês a conhecerem esses prédios que integram o conjunto arquitetônico do conhecido Centro Histórico da Princesa do Sul:
O Teatro Sete de Abril
É a mais antiga casa de espetáculos da cidade e uma das mais antigas em funcionamento do país. Prédio de bela fachada, com a decoração de todo edifício rigorosamente limitada a entonações claras, para melhor realçar a grandiosidade de seus detalhes.
Endereço: Praça Coronel Pedro Osório, nº160.
O Clube Caixeiral
Fundado em 1879, pelos caixeiros (comerciários da cidade), é um dos clubes mais antigos da cidade, encontrando-se até hoje em funcionamento. O prédio apresenta elementos belíssimos de ornamentação, como estátuas, balaústres, frontões e relevos. No passado, ou seja, no projeto original o prédio apresentava duas torres, deixando-o parecido com uma igreja.
Endereço: Praça Coronel Pedro Osório, nº106.
Casa da Banha (O Quartel General Legalista)
Sobrado com características originalmente coloniais, depois de passar por reformas ganhou platibandas. Esse termo arquitetônico designa uma faixa horizontal que emoldura a parte superior do prédio e que tem por função esconder o telhado comumente usado em casas antigas que abrigavam algum tipo de comércio. Neste prédio funcionou um açougue, por isso ficou conhecido como “Casa da Banha”.
Nele aconteceu um fato particularmente importante durante a Revolução Farroupilha. O prédio fora ocupado pelos Legalistas, adversários dos revolucionários. Por isso, ficou conhecido também como Quartel General dos Farroupilhas.
Restaurado recentemente pela iniciativa privada, encontra-se belíssimo para o deleite da população. Infelizmente, não foram todos os prédios que tiveram o mesmo destino.
Endereço: Praça Coronel Pedro Osório, esquina com Félix da Cunha.
A seguir, encontramos três prédios tombados pelo patrimônio histórico, que pertenceram a uma mesma família, Família Antunes Maciel, que contribuiu para o desenvolvimento do município, na época.
Casarão8
Este casarão foi construído por José Izella, famoso arquiteto italiano, para servir de residência à família de Francisco Antunes Maciel (Ministro do Imperador Dom Pedro II).
Construção de esquina com recuos lateral e frontal, porão alto com sacadas e platibanda mista, decorada com frontões curvos, vasos e cariátides (estátuas de mulheres). No telhado, visualizamos uma linda clarabóia redonda com vidros coloridos, usada para iluminar peças centrais, sem abertura da casa.
No interior, possui forros trabalhados em estuque (massa branca usada em ornamentos no teto) e relevos em gesso.
Reformado através do projeto Monumenta, o imóvel atualmente pertence à Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). O prédio não se encontra aberto à visitação.
Endereço: Praça Coronel Pedro Osório, nº8.
Este casarão foi construído por José Izella, famoso arquiteto italiano, para servir de residência à família de Francisco Antunes Maciel (Ministro do Imperador Dom Pedro II).
Construção de esquina com recuos lateral e frontal, porão alto com sacadas e platibanda mista, decorada com frontões curvos, vasos e cariátides (estátuas de mulheres). No telhado, visualizamos uma linda clarabóia redonda com vidros coloridos, usada para iluminar peças centrais, sem abertura da casa.
No interior, possui forros trabalhados em estuque (massa branca usada em ornamentos no teto) e relevos em gesso.
Reformado através do projeto Monumenta, o imóvel atualmente pertence à Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). O prédio não se encontra aberto à visitação.
Endereço: Praça Coronel Pedro Osório, nº8.
Casarão6
Construído em 1879, por José Izella, seu primeiro morador foi o Barão de São Luis, Leopoldo Antunes Maciel, que era advogado, estancieiro, abolicionista e político. Figura ilustre na cidade, sendo mais tarde transferido para uma das suas descendentes, Othília Maciel, casada com José Júlio Albuquerque Barros, que fora prefeito de Pelotas de 1938 a 1945. A construção – no estilo eclético- está no limite do terreno, situada no centro do quarteirão, simétrica, tanto a planta como a fachada possuem recuo ajardinado, que aliado a um pátio, proporciona uma planta na forma de “H”.
Sua fachada de porão alto possui sacadas e uma varanda formada por um jogo de arcos e colunas, cujo acesso é feito por uma escadaria dupla. O coroamento da edificação, em platibanda mista, torna-se diferenciado no torreão central onde este é feito com um frontão triangular, sendo que ambos sustentam belas estátuas, as cariátides, vindas, na época, da cidade do Porto.
As grades em ferro fundido com lindos detalhes com motivos de rostos de mulheres, crianças e leões, são um destaque entre tantos outros detalhes em quase todas 33 peças, compreendidas entre salões, quartos, jardim de inverno, pátio interno, área de serviço e até mesmo senzalas.
Atualmente encontra-se em processo de restauro, contemplado pelo Programa Monumenta que promete garantir a fidelidade à concepção arquitetônica do prédio e aos materiais empregados.
Endereço: Praça Coronel Pedro Osório, nº6.
Casarão 2
Casarão mais antigo e alto que os outros dois. Construído inicialmente em estilo colonial, teve como primeiro morador o charqueador José Vieira Viana. Após ser comprado por Dona Leopoldina Rosa, irmã de Francisco e Leopoldo, fora submetido a reformas afim de modernizá-lo.
Diferente dos outros dois, não possui porão nem recuos. Prédio de dois andares mais um mirante (que servia para visualizar lugares mais distantes), ornamentada com platibanda vazada, frontão e cariátides.
Reformado, hoje neste local hoje funciona a Casa de Cultura e Museu Adail Bento Costa.
Endereço: Praça Coronel Pedro Osório, nº2.
Fazem parte do patrimônio arquitetônico da praça, o Grande Hotel, Mercado Público Central, Biblioteca Pública Pelotense, o Theatro Guarany e o Prédio das Finanças, que por tanta significação para a cidade, merecem uma matéria só para eles. Numa próxima oportunidade retomarei a este assunto.
Enfim, para entender o presente, precisamos conhecer através da história, o passado. Para respeitar precisamos conhecer e saber que o patrimônio nos pertence.
Até a próxima, grande beijo!
Fontes: PIEGAS, Cíntia. Enfim, o restauro para o Casarão 6. Diário Popular, Pelotas, 20 janeiro 2008, p.8
DIÁRIO POPULAR, Pelotas, 23de outubro de 2002.
PELOTAS VIP TURISMO, 2009. Disponível em http://www.turismo.pelotasvip.com.br/arquivos Arquivo Capturado em 4/12/2009.
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